A Secretaria da Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos está retomando a articulação junto aos municípios com índices migratórios para condições análogas à escravidão e práticas escravagistas, através do programa Educar para Libertar em parceria com a Secretaria de Educação do Estado. O trabalho começou na última segunda-feira, dia 3, em Itaueira e as equipes irão também aos municípios de Floriano e Marcos Parente, no médio Parnaíba.
Segundo a Coordenadora de Apoio a Pessoas Resgatadas, Ana Cristina Martins Barbosa, o retorno do programa iniciado, em 2008, é uma iniciativa do Fórum Estadual de Combate ao Trabalho Escravo do Piauí que já realizou o programa em 26 municípios e formou 1.005 multiplicadores para a prevenção nas escolas.
"O programa vem com uma nova dinâmica no espaço social. Pois, estamos buscando parcerias importantes com a Secretaria de Educação do Estado para também incluir e acelerar a escolarização aos Resgatados, dando-lhes alternativas para buscarem se qualificar melhor e encontrarem empregos dignos,” explica a coordenadora.
Segundo informações do Observatório de Erradicação ao Trabalho Escravo e Tráfico de Pessoas (2022), 40% dos piauienses resgatados não chegam a concluir o 5° ano do ensino fundamental e 26% são desprovidos de qualquer nível educacional.
As equipes da Sasc e da SEDUC estão visitando as Gerências Regionais de Educação para preparar para o treinamento a educadores e agentes sociais e firmar parcerias com instituições municipais no combate ao trabalho escravo.
